Zefa é agente comunitária de saúde (ACS) na comunidade Bem te vi. Hoje ela está visitando as residências da sua micro área, para avaliar crianças e adolescentes, Zefa e os estudantes de medicina foram visitar a casa de dona Filó da quitanda, mãe de Jaldirene, uma garota de 15 anos. A relação entre as duas é afetuosa, porém Filó diz que nos últimos tempos sua filha esta muito desobediente, saindo sem dizer para onde vai, não vai bem na escola, as vezes passa a noite em claro sem conseguir dormir, sente tontura, vive esquecendo das coisas e já perdeu 5 chaves do portão de casa no último mês. Jaldirene esta apaixonada pelo namorado e vive com medo de perde-lo, porque se acha feia por apresentar muitas “espinhas” no rosto. Os estudantes de medicina tentaram tranquilizar Jaldirene e elevar sua auto-estima e a orientaram a sobre todos os cuidados relacionados à saúde do adolescente, sobretudo de ter uma alimentação saudável rica em vitaminas que irão melhorar seu sono, a memoria e os problemas de pele. Zefa aproveitou para orientar sobre as vacinas, atividade física, sexo seguro e marcou uma consulta na UBS.
Conceito - Sistema Límbico
Na face medial de cada hemisfério cerebral, observa-se um anel cortical contínuo constituído pelo giro do cíngulo, giro para- hipocampal e hipocampo. Este anel cortical contorna as formações inter-hemisféricas e foi considerado por Broca como um lobo independente, denominado lobo límbico (limbo= contorno). Este lobo apresente uma conformidade citoarquitetural específica, pois seu córtex é mais simples que o do isocórtex que o circunda.
Em 1937, o neuroanatomista James Papez publicou uma teoria para explicar o mecanismo da emoção. Este mecanismo envolve as estruturas do lobo límbico, do hipotálamo e do tálamo, todas unidas por um circuito hoje conhecido como circuito de Papez. Estas estruturas compreenderiam um mecanismo harmonioso de conexões intrínsecas, que não só elaboraria o processo subjetivo central da emoção, mas também participaria de sua expressão através de suas conexões extrínsecas. Verificou-se também que estas estruturas não participam da apreciação consciente dos odores, sendo, pois, incorreto incluí-las no rinencéfalo, ou seja, no encéfalo olfatório. Este termo é hoje usado em um conceito muito mais restrito para indicar a penas estruturas relacionadas diretamente com a olfação, ou seja, o nervo, o bulbo e tracto olfatórios, a estria olfatória lateral e o úncos. As demais formações anatômicas que tradicionalmente integravam o rinencéfalo são hoje estudadas como parte do chamado sistema límbico. Este pode, pois, ser conceituado como um grande sistema relacionado fundamentalmente com a regulação dos processos emocionais e do SNA constituído pelo lobo límbico e pelas estruturas subcorticais a ele relacionadas.
Localização - Sistema Límbico
O sistema límbico é constituído por uma série de estruturas nervosas, tais estruturas são componentes do sistema nervoso central e se localizam majoritariamente no encéfalo (conjunto do tronco cerebral, cerebelo e cérebro), ou seja, no interior da caixa craniana. Porém, as emoções estão ligadas a outros tecidos e sistemas, com distribuição por todo o corpo.
Conexões do Sistema Límbico
CONEXÕES INTRÍNSECAS
Os diversos componentes do sistema límbico mantêm entre si numerosas e complexas intercomunicações. Dentre elas, a mais conhecida é o circuito de Papez, circuito fechado que une as seguintes estruturas límbicas, enumeradas na sequência que representa a direção predominante dos impulsos nervosos: hipocampo + à fórnix à corpo mamilar à fascículo mamilo-talâmico à núcleos anteriores do tálamo à cápsula interna à giro do cíngulo à fascículo do cíngulo à giro para-hipocampal – à e novamente o hipocampo, fechando e modulando o circuito. A importância desse circuito no mecanismo das emoções foi apontada inicialmente por Papez e há evidencia de que ele está envolvido também no mecanismo da memória. Obviamente, o componente subjetivo da emoção está estritamente relacionado com a memória, uma vez que cada situação específica evoca sentimentos particulares para cada pessoa:
A foto de uma mãe já falecida pode promover choro para seu filho, enquanto pode ser um estímulo indiferente para um desconhecido, que não tem memória alguma da finada. O corpo amigdaloide e a área septal, que mantêm entre si conexões recíprocas, embora não façam parte do circuito de Papez, ligam-se a este circuito em vários pontos.
CONEXÕES EXTRÍNSECAS
As estruturas do sistema límbico têm amplas conexões com diversos setores do SNC, inclusive com o hipotálamo.
Conexões aferentes: é do senso comum que as pessoas podem se emocionar pela simples recordação de episódios passados armazenados na memória. Assim como informações visuais, auditivas, somestésicas ou olfatórias que sinalizem perigo, podem despertar medo. Há evidencia de que todas essas modalidades de informações sensoriais têm acesso ao sistema límbico, embora nunca diretamente. Elas são antes processadas nas áreas corticais de associação secundárias e terciárias e penetram no sistema límbico por vias que aferem até o giro para-hipocampal (área entorrinal), onde passam ao hipocampo, ganhando assim o circuito de Papez (e em nível hipocampal, o estímulo deve ser comparado com memórias antigas para determinar o tipo de emoção a ser evocada). Fazem exceção os impulsos olfatórios, que passam diretamente da área cortical de projeção para o giro para-hipocampal e o corpo amigdaloide.
Conexões eferentes: estas conexões eferentes são importantes pois, através delas, o sistema límbico participa dos mecanismos efetuadores que desencadeiam o componente periférico e expressivo dos processos emocionais e, ao mesmo tempo, controlam a atividade do SNA. Estas funções são possíveis graças às relações que o sistema límbico mantém com o hipotálamo e com a formação reticular do mesencéfalo. Com já foi relatado, o hipotálamo é o principal executor do sistema límbico. As conexões com a formação reticular do mesencéfalo se fazem basicamente através de três sistemas de fibras.
O Feixe prosencefálico medial: situado entre a área septal e o tegmento do mensecéfalo, este feixe apresenta fibras que percorrem nos dois sentidos a parte lateral hipotálamo, onde muitas delas terminam. Ele constitui a principal via de ligação do sistema límbico com a formação reticular.
O Fascículo mamilo-tegmentar: feixe de fibras que dos núcleos mamilares se projeta para a formação reticular do mesencéfalo.
O Estria medular: feixe de fibras que se origina principalmente na área septal e termina nos núcleos habenulares do epitálamo. Estes, por sua vez, ligam-se ao núcleo interpeduncular do mesencéfalo, que se projeta para a formação reticular.
OBS: As estruturas componentes do sistema límbico não apenas são interconectadas, mas, também, enviam fibras de projeção para partes diferentes do sistema nervoso, como para o hipotálamo e a formação reticular (considerados como centros efetores do sistema límbico). Atualmente, os fisiologistas reconhecem a importância do hipotálamo como a principal via de saída do sistema límbico (muito embora a formação reticular seja responsável por conectar formações límbicas aos núcleos dos nervos cranianos, por exemplo)
Funções do Sistema Límbico
A função mais conhecida do sistema límbico, e que deu origem ao próprio conceito deste sistema, é de regular os processos emocionais. Ao passo em que este sistema regula o mecanismo emocional, também regula as ações do SNA e os processos motivacionais essenciais à sobrevivência da espécie e do indivíduo, como fome, sede e sexo. Sabe-se ainda que alguns componentes do sistema límbico estão ligados diretamente ao mecanismo da memória e aprendizagem e participam da regulação do sistema endócrino.
Em resumo, experimentos com cobaias e doenças degenerativas fizeram destacar duas funções principais do sistema límbico: regulação dos processos emocionais e motivacionais e participação nos mecanismos da memória. Especificamente, a função de cada componente do sistema límbico pode ser resumida da seguinte maneira:
Corpo amigdaloide: São grupos de neurônios que se interligam formando uma massa cinzenta medindo cerca de três centímetros. O cérebro dos seres humanos apresenta duas amídalas, uma em cada hemisfério cerebral (esquerdo e direito).
As funções do corpo amigdaloide são muito variadas. Lesões desta estrutura suprimem tanto a aquisição, como a expressão do condicionamento para o medo. Lesões ou estimulações desta área em animais resultam em alterações do comportamento alimentar (afagias e hiperfagias) ou da atividade visceral, bastante semelhante às que se obtêm com processos idênticos feitos no hipotálamo. No homem, lesões bilaterais do corpo amigdaloide resultam em considerável diminuição da excitabilidade emocional de indivíduos portadores de distúrbios de comportamento, manifestados pela agressividade. Por outro lado, a estimulação do corpo amigdaloide em animais desencadeia comportamentos de fuga ou defesa, associados à agressividade. Em resumo, dentre as principais funções do corpo amigdaloide, podemos citar:
- Formação e armazenamento de memórias associadas a eventos emocionais
- consolidação da memória,
- Medo: (no condicionamento do medo, os estímulos ativam os complexos da amígdala onde são formadas associações com a memória do estímulo),
- sensação de recompensa,
- funções sociais como aproximação, interpretação das expressões faciais e dos sinais sociais comportamento
Área septal: lesões bilaterais da área septal em animais causam a chamada “raiva septal”, caracterizada por uma hiperatividade emocional, ferocidade e raiva diante de condições que normalmente não modificam o comportamento do animal. Há também um grande aumento da sede. Estimulações da área septal causam alterações da pressão arterial e do ritmo respiratório, mostrando o seu papel na regulação de atividades viscerais. Por outro lado, as experiências de auto- estimulação mostram que a área septal é um dos centros de recompensa do cérebro, estando envolvido com o prazer.
Giro do cíngulo: a ablação do giro do cíngulo (cingulectomia) em carnívoros selvagens domestica completamente o animal. No homem, a cingulectomia já foi empregada no tratamento de psicóticos agressivos. A simples secção do fascículo do giro do cíngulo (cingulotomia), interrompendo o circuito de Papez, pode melhorar consideravelmente quadros graves de depressão e ansiedade.
Hipocampo: o papel do hipocampo na regulação do comportamento emocional foi inicialmente apontado por Papez. A participação do hipocampo na regulação do comportamento emocional é hoje geralmente admitida. Muito embora, a função mais importante do hipocampo é representada pela sua participação no fenômeno da memória. Admite-se que o hipocampo transforma a memória recente em memória tardia, graças às suas conexões com o neocórtex. Lesões no hipocampo resultam na incapacidade de armazenar memórias em longo prazo. A memória para os eventos ocorridos no passado remoto, antes do desenvolvimento da lesão, não é afetada (condição conhecida como amnésia anterógrada). Em resumo, as principais funções do hipocampo são:
- Regulação do comportamento emocional
- Armazenamento de memória recente e concretização da memória de longa duração
- Orientação espacial
- Memória espacial
O papel do sistema límbico na aprendizagem
O aprendizado está intrinsecamente ligado à memória de trabalho, já que ela consiste no primeiro armazenamento (quase instantâneo) de informações, como o que foi dito na frase anterior. A memória de trabalho se encontra no córtex pré-frontal, demonstrando que essa estrutura é importantíssima para o aprendizado. Além de interferir na memória, o sistema límbico, predominantemente responsável pelas emoções, atua na aprendizagem, pois dependendo do estado de ânimo (emoções, ansiedade, nível de alerta e estresse), tem a capacidade de interferir fortemente na apreensão do conteúdo.
Memória de aprendizagem
Entendemos que a consolidação das memórias também é aprendizagem, visto que, sem memória, não conseguimos aprender.
Os diversos neurônios, das diversas áreas cerebrais, se especializam em tarefas definidas. Assim, uns são especializados para o processamento de informação visual, outros para processamento de estímulos verbais, outros coordenam a motricidade, outros definem apetites etc. Os processamentos cerebrais dependem de como esses neurônios podem ser associados, isto é, dependem da eficácia da transmissão sináptica entre eles.
O aprender, por exemplo, de uma resposta motora a uma informação verbal, depende de aumentar a eficácia da transmissão sináptica entre neurônios encarregados da análise do som verbal e aqueles encarregados de controlar a resposta motora. A memória e a aprendizagem dependem, portanto, do relacionamento entre neurônios, relacionamento este que é governado por moléculas. As ações são motivadas por aquilo que chamamos de sinapses, sendo este o modo como uma célula nervosa se comunica com outra.
A aprendizagem e a memória dependem de milhões de sinapses que acontecem conforme o estímulo externo que recebem. Conforme a estimulação que recebemos, as sinapses são alteradas e quanto mais estimulamos, mais conexões são realizadas e mais aprendemos. Isto leva-nos a inferir que a aprendizagem depende diretamente do estímulo.
A aprendizagem corresponde a reorganizações sucessivas, significando que a elaboração do conhecimento acontece em etapas e atreladas ao contexto social.
Para as informações se fixarem na memória de longo prazo é necessário um treinamento contínuo seguido de períodos de descanso.
Memória e Emoções
A consolidação das memórias é possível por conta dos processos neurológicos organizados. Para, além disso, acreditamos que isto é possível graças ao envolvimento emocional. Argumentamos que o ambiente social influencia a aprendizagem, assim é certo que o “ambiente emocional” também tem papel importante na fixação da mesma.
Mas por que os fatores emocionais são fundamentais? Onde encontramos explicação para isso? Desde Charles Darwin (1809-1882) até Walter Cannon (1871-1945), importantes trabalhos e estudos foram desenvolvidos. Um dos mais recentes é o de Cannon “que reconhece a importância do sistema nervoso central, considerando-o como produtor das experiências subjetivas e emocionais, em especial o hipotálamo, região de grande influência nas emoções” (SARMIENTO et al, 2007, p. 25).
Sobre as emoções, há algumas que chamamos de primárias e que diferenciam o ser humano de outros seres, são elas: alegria, tristeza, medo, nojo, raiva e surpresa. Essas emoções podem ser consideradas inatas à espécie humana e atuam como mecanismo de sobrevivência (PERGHER et al, 2008).
Entendendo que vivemos constantemente sob descarga emocional, seja ela expressiva ou não, quando chegamos ao final de um período, o que “resta” na memória são as experiências de maior carga emocional, que acabam se fixando na memória. Já as de menos carga emocional, praticamente imperceptíveis, perdem-se no decorrer das horas. fatores emocionais estão intimamente relacionados à memória de longo prazo e consequentemente, com a aprendizagem. O atrelamento das emoções com a fixação das memórias acontece porque as áreas cerebrais envolvidas na memória também fazem parte do sistema límbico, que está diretamente relacionado com as emoções. Sobre as áreas cerebrais envolvidas na memória, há uma região em que ficam armazenadas as “memórias emocionais”. Essas memórias são armazenadas juntamente com a emoção vivenciada no momento. Esse fato explica porque costumamos lembrar episódios passados que foram marcantes.
Sobre a relação emoção/memória, com base em Pergher et al (2008) destacamos que se o indivíduo estiver num estado de humor, como a alegria, ele recordará com facilidade das memórias relativas a esse estado de humor, isso acontecerá em qualquer estado de humor.
A emoção é fundamental no processo de fixação das memórias.
Memória
A memória faz de nós aquilo que somos e podemos vir a ser, pois cada lembrança recordada ou esquecida faz com que sejamos sujeitos únicos. O conjunto de memoria de cada pessoa influencia sua personalidade.
A memória é considerada um sistema complexo e múltiplo combinado por arranjos de codificações ou subsistemas que permitem o armazenamento e a recuperação de informações no cérebro.
*O treinamento repetido, uma repetição de estímulos sensibilizadores por uma hora e trinta minutos, pode induzir a sensibilidade de longo prazo, gerando uma memória mais persistente:
Essa sensibilização consiste em um mecanismo de base molecular no qual as alterações nas conexões sinápticas derivam da ativação de genes durante a passagem da memória de curto prazo para a de longo prazo e da síntese de proteínas.
A repetição reforça as memórias provavelmente recrutando cada vez mais circuitos nervosos para reforçar o armazenamento.
OBS: os circuitos que possibilitam as sinapses acontecem através do glutamato à a quantidade de glutamato é aumentado e há maior influxo de cálcio.
Plasticidade sináptica
É a capacidade de modificação na eficiência de transmissão sináptica (aumento ou diminuição da resposta pós-sinaptica) pela atividade neural gerada por uma experiencia = alterações no processamento de informações e na comunicação entre regiões cerebrais, regulando processos de formação da memória.
OBS: A plasticidade sináptica é a base da memória. Para estimular a plasticidade é necessário aumentar o estimulo.
Tipos de memória - Classificação
QUANTO AO TEMPO DE ARMAZENAMENTO DA INFORMAÇÃO:
– Memória de trabalho
– Memória de curto prazo
– Memória de longo prazo
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QUANTO AO TIPO DE APRENDIZAGEM:
– Implícita
– Explícita
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Problemas Relacionados ao Sistema Límbico
Transtorno de ansiedade: grupo de transtornos em que as sensações de ansiedade e/ou de pânico são desencadeadas facilmente causando problemas no dia a dia. Uma das áreas responsáveis por funcionar como um alarme, informando-nos de situações de risco, são as amídalas cerebeloides.
Depressão: é caracteriza como por um sentimento de tristeza persistente, com diminuição do interesse por coisas do dia a dia. Nesse distúrbio também encontramos uma relação com a amídala cerebeloide.
Transtornos alimentares: consistem em evitar o ganho de peso por meio de restrições alimentares (anorexia) ou alimentação compulsiva com posterior provocação de vômito (bulimia). Em relação com esses distúrbios temos o córtex cingulado que é envolvido nos processos de tomada de decisão e ainda antecipação de recompensas.
Alzheimer: é um distúrbio psíquico responsável por grande parte dos casos de demência após os 65 anos de idade. As alterações mais precoces, causadas pela doença de Alzheimer, ocorrem em estruturas do sistema límbico, em específico matando os neurônios presentes no hipocampo e no córtex.
Síndrome de Kluver-Bucy: as principais manifestações desta síndrome são a Agnosia visual, perda da capacidade de identificar objetos pela visão, exagero do comportamento oral (levar todos os objetos a boca), hiperfagia (manifestação que proporciona a ingestão de enormes quantidades de alimento), entre outros. De maneira geral, pode se desenvolver em pessoas que, por razões diversas, sofreram danos nos lobos temporais bilateralmente.
Amnésia: ocorre a perda repentina de memória. É proporcionada por danos no hipocampo.
Alexitimia: se caracteriza como a incapacidade de reconhecer e expressar emoções, tanto de natureza própria quanto alheias. Estudos ainda são necessários para melhor compreensão desta doença, porém acredita-se que ela afeta o lobo pré-frontal.
Os distúrbios vistos acima nos mostram, entre outras coisas, a importância do sistema límbico nos diversos aspectos do nosso comportamento, abrangendo fatores desde o apetite à memória. Devido a este fato, o sistema límbico é uma das estruturas com funcionamento mais importante dentro do cérebro humano.
OBS: além de físicas, as doenças do sistema nervoso podem ser psicológicas e podem manifestar-se como:
- Perturbações alimentares – ex: anorexia, bulimia
- Perturbações de comportamento – ex: depressão, ansiedade, esquizofrenia, stress
Sistema Neuro-hormonal
O sistema nervoso e endócrino são sistemas reguladores que atuam em estreita coordenação. Assim, as funções cerebrais, como por exemplo a interpretação de sensações, atuam sobre o sistema nervoso autônomo, que por sua vez atua sobre as glândulas.
Qualquer alteração no interior ou exterior do corpo corresponde a um estímulo que provoca uma resposta do sistema neuro-hormonal. Existem vários órgãos envolvidos na captação e transmissão de estímulos e na elaboração de respostas…
Comportamentos que afetam o Sist. Neuro-hormonal
OBS: Alimentações inadequadas e estresse podem contribuir para o aparecimento de acnes assim como, depressão, comportamentos aditivos e o próprio estresse contribuem para a má qualidade de sono.
OBS: Evidências sugerem que a ingestão de nutrientes, assim como o metabolismo destes nutrientes, pode ser controlados ou modulados por estruturas neurais e por sistemas neuroquímicos e neuroendócrinos específicos. Alterações nestes sistemas neurais podem estar associadas às mudanças no comportamento alimentar. Pesquisas sobre o controle neuroendócrino do metabolismo energético identificaram os peptídeos leptina e insulina como os dois maiores sinalizadores de adiposidade que informam ao cérebro a quantidade de energia corporal armazenada como excessiva
Alimentação: gordura, doces e o consumo de farinha branca acabam estimulando a produção de glândulas sebáceas, que reflete no aumento da oleosidade da pele;
Estresse: proporciona um desequilíbrio hormonal, que agrava ou motiva o aumento da oleosidade e a piora de cravos e espinhas.
Acne
A acne é uma condição clinica autolimitada que tem fator genético associado. Localiza-se na glândula sebácea formando comedões, pústulas e pápulas. Ocorre geralmente em adolescentes, tanto em homens quanto em mulheres, sendo que nos homens apresenta-se de forma mais intensa. Aparece também em distúrbios endócrinos.
Etiopatologia
Aumento de secreção das glândulas sebáceas devido a ação hormonal Formação de Comedões – o aumento de secreção leva à obliteração da glândula e retenção de sebo.
A retenção leva a proliferação de micro-organismos: estafilococos, leveduras do gênero Malassezia e, sobretudo, anaeróbio propionibacterium.
OBS: Caso haja o desenvolvimento de acnes é recomendado: evitar ingestão de alimentos como chocolate, leite desnatado; buscar ajuda psicológica, pois pode afetar a autoestima dos pacientes.
Memória X Aprendizado X Sono
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Extinção da Memória
Vitaminas
Vitamina B1 (Tiamina)
Ela também desempenha um papel importante na formação da bainha de mielina, que fica em torno das fibras nervosas e permite mensagens entre os nervos. A falta de vitamina B1 pode causar fraqueza muscular, falta de energia, diminuição da memória e depressão.
Fontes: As principais fontes de vitamina B1 são carnes, leites, ovos, legumes e cereais integrais e leguminosas como feijão e grão de bico.
Vitamina B2 (Riboflavina)
É importante para a saúde dos olhos, pele, boca e cabelo. A falta pode causar lesões na mucosa da boca, rachaduras nos cantos dos lábios, gengivite, ardência dos olhos, pele seca, catarata.
Fontes: vegetais folhosos (couve, brócolis, espinafre, repolho, agrião, entre outros), ovos, carne, semente de girassol, ervilha, e frutos do mar.
Vitamina B3 ou niacina
Age junto ao metabolismo celular e na reparação do DNA. Também é responsável por remover substâncias tóxicas do organismo e auxiliar a produção de hormônios esteroides. A carência dessa vitamina pode causar diarreia, fadiga, irritabilidade, insônia, cefaleia, depressão, dermatites e lesões no sistema nervoso central.
Fontes: levedura, fígado, aves, carnes magras, leite, ovos, frutas secas, cereais integrais e em diversos legumes, frutas e verduras.
Vitamina B5 ou ácido pantotênico
Auxilia na formação de colesterol, vitamina D, anticorpos e estruturas cerebrais. Ainda melhora a imunidade, a cicatrização e o desenvolvimento cognitivo. Quando em falta, pode causar irritabilidade, distúrbios do sono, cansaço, depressão, dor muscular e alterações hormonais.
Fontes: gema de ovo, leveduras, rim e fígado de animais, brócolis, batata, gérmen de trigo, abacate, tomate, carne bovina magra, leite desnatado, batata-doce.
Vitamina B6 ou piridoxina
Regula hormônios, auxilia no funcionamento de neurotransmissores e otimiza a absorção de B9 e B12. É essencial para o controle do estresse, pois auxilia na modulação do cortisol, o hormônio que ativa a resposta do corpo frente a situações de emergência.
Fontes: cereais integrais, sementes de girassol, feijão, carnes, abacate, folhosos verdes escuros.
Vitamina B7 ou biotina
É essencial para a formação da pele, unha e cabelos. Também ajuda o organismo a absorver outros nutrientes. A deficiência de biotina é muito rara, no entanto, quando ocorre, está associada à depressão, erupções na pele e perda de cabelo.
Fontes: tomate, amendoim, avelã, castanha de caju, farelo de aveia, ovo cozido.
Vitamina B9 ou ácido fólico
É importante para a formação de novas células. Sua deficiência é relativamente comum, principalmente no crescimento, gestação, lactação e em doenças graves, como leucemia. Os sintomas são anemia, língua vermelha e lisa, confusão mental, fraqueza, fadiga, irritabilidade e dor de cabeça. Em grávidas, pode levar a defeitos no tubo neural do feto. Quem não está em nenhuma dessas condições, no entanto, pode ficar tranquilo: as farinhas de trigo e milho são suplementadas com este nutriente. Portanto, com uma alimentação saudável e equilibrada, a necessidade de B9 é facilmente suprida.
Fontes: folhas verdes, leguminosas, batata, sementes, fígado e grãos enriquecidos, como a farinha de trigo.
Vitamina B12 ou cobalamina – + importante do SN
Participa da formação de novas células e ajuda a manter saudáveis as células do sistema nervoso. Quando falta, pode causar anemia perniciosa (quando o organismo tem dificuldade em absorver a vitamina e, por isso, há diminuição de glóbulos vermelhos no sangue), fadiga e degeneração de nervos.
Fontes: só é encontrada em alimentos de origem animal, como leite e derivados, carne e ovos.
Vitamina C
É antioxidante, ajuda a fortalecer o sistema imune, o crescimento ósseo e do tecido conjuntivo. Também participa do processo de cicatrização de tecidos e mantém a integridade dos vasos sanguíneos. A deficiência causa escorbuto e hemorragias, além de sangramento das gengivas.
Fontes: camu-camu, acerola, laranja, limão, mamão, morango, abacaxi, brócolis, couve e pimentão.
Vitamina D
Favorece a absorção de fósforo e cálcio, fortalecendo ossos e dentes. Também age no sistema imunológico. Sua carência contribui para os sintomas de artrite, osteomalácia, raquitismo e deformações ósseas. Para ser sintetizada pelo organismo, precisa da exposição da pele aos raios ultravioleta do sol. A suplementação é comum, já que os alimentos possuem a vitamina em pouca quantidade.
Fontes: óleo de fígado de bacalhau, salmão, atum, arenque, truta e sardinha, gema de ovo e fígado.
Vitamina E
Além da função antioxidante, é necessária à formação de hormônios e ao sistema reprodutor, pois estimula a fertilidade. A deficiência, a longo prazo, pode levar a danos no sistema nervoso.
Fontes: semente de girassol, amendoim, amêndoas e nozes, óleos de milho e soja, gérmen de trigo, azeite de oliva, vegetais de folhas verdes, fígado, gema de ovo.
Vitamina K
Regula o processo de calcificação dos ossos e na coagulação do sangue. Por isso, o sintoma mais comum da carência dessa vitamina é a hemorragia.
Fontes: folha de nabo, alface, repolho, brócolis, espinafre, aspargos, ervilha, fígado, leite.
Sistema Vestibular
O aparelho vestibular, também chamado sistema vestibular ou labirinto, é constituído por três canais semicirculares e dois órgãos otolíticos (sáculo e o utrículo). Essa estrutura está localizada dentro do osso temporal e faz parte, juntamente com a cóclea, do ouvido interno e está relacionada à função de equilíbrio do organismo.
Constituição do aparelho vestibular
Como dito anteriormente, o aparelho vestibular é constituído por três canais circulares, utrículo e sáculo, denominados de órgãos otolíticos, preenchidos por um fluido denominado endolinfa, além de uma substância gelatinosa. Essas estruturas são divididas em três partes, o labirinto ósseo, o membranoso e um espaço entre eles, que é preenchido pela perilinfa.
No utrículo e no sáculo, são encontradas também células sensoriais, denominadas esterocílios, e os otólitos, que são partículas de carbonato de cálcio. Nos canais semicirculares, há regiões dilatadas denominadas de ampolas ou âmpulas, onde se encontram as células sensoriais.
aparelho vestibular e equilíbrio
Os sistemas sensoriais atuam em conjunto na manutenção do equilíbrio corporal, e a informação sensorial recebida influencia na resposta motora. A disposição dos canais do aparelho vestibular permite que eles recebam informações dos três planos dos movimentos da cabeça no espaço. Quando a cabeça se movimenta, o líquido e os otólitos presentes, respectivamente, nos canais circulares e órgãos otolíticos também se movimentam, pressionando e estimulando as células sensoriais ali existentes.
As células sensoriais, então estimuladas, enviam mensagens ao sistema nervoso sobre as mudanças de posição do corpo e, diante disso, o sistema nervoso envia uma resposta para que os músculos ajustem a postura do corpo, mantendo-se, assim, o equilíbrio.
As labirintopatias são doenças que afetam o labirinto e podem causar tonturas, enjoos, dor de cabeça, entre outros sintomas. A labirintopatia mais conhecida é a labirintite. As causas dessas doenças são diversas, por isso, aparecendo alguns desses sintomas, um médico deverá ser consultado para realizar o diagnóstico e encaminhar para o tratamento necessário.
Planejamento Reprodutivo
Adolescentes têm direito ao atendimento no planejamento reprodutivo sem discriminação de qualquer tipo, com garantia de privacidade, sigilo e consentimento informado. Os serviços de saúde devem garantir esse atendimento, antes mesmo do início da atividade sexual e reprodutiva, para ajudá-los a lidarem com a sua sexualidade de forma positiva e responsável, incentivando-se comportamento de prevenção e de autocuidado. Na faixa etária de 10 a 19, podem ser atendidos sem a presença dos pais, se assim preferirem.
É importante que as recomendações abaixo, preconizadas na publicação Cuidando da saúde sexual e saúde reprodutiva de Adolescentes: orientações básicas, sejam observadas pelos profissionais da Atenção Básica no atendimento em planejamento reprodutivo para adolescentes:
- No acolhimento aos adolescentes os profissionais devem focar: a dimensão humana, individual e ética do atendimento, os direitos e a identificação das especificidades de desenvolvimento daqueles adolescentes que estão sendo atendidos.
- Dispensar com acesso facilitado o preservativo nos espaços da Unidade Básica de Saúde (UBS), independente de apresentação de documentação, local de residência ou qualquer outra forma que dificulte este acesso.
- Incluir, no planejamento reprodutivo de adolescentes, um forte e sistemático componente educativo, com enfoque de gênero, dos direitos sexuais e direitos reprodutivos e da corresponsabilidade masculina nos eventos sexuais e reprodutivos, respeitando a diversidade sexual.
- Proporcionar na UBS consulta, informada e esclarecida, com médico/enfermeiro para a escolha do método contraceptivo pela adolescente e seu parceiro, aproveitando todas as oportunidades que surgem quando estão nas UBS.
- Orientar e esclarecer sobre todos os métodos contraceptivos disponíveis, inclusive os naturais, para que possam fazer escolhas livres e bem informadas, incluindo o respeito às suas concepções religiosas.
- A idade ginecológica (tempo pós-menarca) não deve ser fator limitante para a orientação e a prescrição de métodos contraceptivos adequados, levando-se em consideração o direito à saúde, pois em casos específicos, uma possível gravidez pode se configurar como um risco à saúde da adolescente.
- Orientar e refletir sobre as questões envolvidas na situação, apoiando adolescentes que têm relações homoafetivas e que desejam engravidar.
Orientações para Promoção da Alimentação Saudável
- Aumentar o consumo de frutas, legumes e verduras
- Evitar substituir refeições por lanches
- Evitar a omissão do café da manhã
- Evitar realizar refeições assistindo televisão/computador/celular/tablet
Desenvolvimento da Socialização
Na adolescência a emancipação dos pais sucede progressivamente, ao contrário do que ocorre na infância, quando a dependência é quase absoluta. Esse movimento pode ser doloroso, pois significa uma mudança das relações afetivas até então mantida de forma quase exclusiva com os pais, ampliando-se a socialização para fora da família.
Dependendo do momento do desenvolvimento, o adolescente não sabe se deve agir como criança ou como adulto. Por outro lado, esta dificuldade é reforçada pelos próprios pais, que também se mostram inseguros com relação às possibilidades de atuação do adolescente de acordo com o seu momento de vida.
Vacinas
Bibliografia
https://www.scielo.br/pdf/anp/v53n3b/27.pdf
https://pt.khanacademy.org/science/health-and-medicine/infectious-diseases/polio/a/what-is-polio
https://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Tonus-Muscular/916134.html
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https://www.famema.br/ensino/embriologia/sistemaneurologico3.php
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